O prédio do Congresso Nacional será totalmente iluminado de verde, em 10 de abril de 2022, Dia Mundial da Homeopatia. A iniciativa é da Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB), com o apoio do senador Nelsinho Trad. Visa destacar aos cidadãos os benefícios e a efetividade da especialidade para a prevenção e promoção à saúde.
A escolha do 10 de abril é homenagem ao criador da Homeopatia, Christian Friedrich Samuel Hahnemann, nascido nesta mesma data, em 1755, na Alemanha. Hahnemann, um médico do seu tempo, após anos de prática ficou descontente com como a medicina era praticada.
Resolveu, então, investigar outras formas de tratamento, experimentando nele mesmo as substâncias utilizadas naquela época e resgatando os princípios de Hipócrates. Concluiu que as substâncias que tinham efeito positivo nas doenças eram aquelas que produziam sintomas semelhantes na experimentação no individuo são. Posteriormente denominou o tratamento como Homeopatia, derivada da palavra grega – hómoios = semelhante + páthos = sofrimento.
Hoje: ciência efetiva e eficaz
A história da homeopatia no Brasil tem mais de 150 anos, quer se considere a valiosa contribuição de Benoit Jules Mure ou a atuação de Émile Germon, ambos franceses. Hoje em dia, existem evidências de que esta história já ultrapassou os 180 anos, considerando os registros de atividade homeopática do médico suíço Frederico Jahn que, já em 1836, defendeu uma tese intitulada ‘Exposição da doutrina homeopática’ junto à Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
No Brasil, a homeopatia é uma especialidade médica desde 1980, sendo que em 1999 o Ministério da Saúde inseriu a consulta médica homeopática na tabela SIA/SUS. E, desde 2006, faz parte da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do SUS.
A homeopatia trata o indivíduo como um todo, sendo que suas indicações medicamentosas são produzidas com substâncias de origem vegetal, mineral e animal.
A consulta e tratamento homeopáticos são centrados no paciente, não se restringindo a sintomas de doença A ou B. É uma terapêutica com mais adeptos ano a ano, em todo o mundo.
Em definição bem simples, mas nem por isso equivocada, mira um estado harmônico de bem-estar. Assim, além de tratamento medicinal, os especialistas sugerem estilo de vida saudável, com alimentação balanceada e prática de exercícios.
Aliás, atualmente, os especialistas somam novas orientações a esse ‘receituário’: a cada consulta, destacam a necessidade de respeito ao distanciamento social, do uso de máscara e da higienização frequente das mãos, entre outros cuidados indispensáveis para evitar o contágio pela Covid-19.
Segundo o presidente da Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB), Luiz Darcy Gonçalves Siqueira, desde a formação, os médicos aprendem a se atentar no que está por trás das doenças:
“Se um paciente chega com um problema crônico já em tratamento, trabalharemos para compreender como chegou em tal ponto, com o apoio de uma anamnese, de exame físico e exames complementares, se necessário. Só então ocorre o diagnóstico e se prescreve algo. É um estímulo à saúde”.
Hoje, temos, no país, cursos de pós-graduação e residências médicas em diversos estados e cerca de 2 mil especialistas. É comum doutores com certificação e título em outras áreas também. Isso porque podem atuar junto com outras especialidades: “Mesmo em doença terminal, atuamos. São os cuidados paliativos para garantir qualidade da existência”, registra Luiz Darcy.
